segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

'Pânico' como entrada no menu do dia antes do prato principal, o Vale do Loire

O dia iria ser perfeito! Finalmente, visitaríamos alguns castelos do Loire. Pulamos da cama às 6h com o alarme do celular da minha irmã. O tour partiria às 7:15h perto dali, a duas ou três estações de metrô. Saimos do quarto 6:30h, porque o plano era gastar no máximo 30 minutos até a agência, com a folga de 15 minutos. Passamos na recepção do hotel pra renovar a estadia, já que só estaríamos de volta lá pelas 20h e não havíamos comprado passagens para Roma. O atendente não estava no balcão e demorou a aparecer. A porta estava trancada. Finalmente ele surgiu de uma escada em espiral que brotava do chão do hall de entrada do hotel. Eu vi o pânico na cara da minha irmã quando escutei o cara da repetir várias vezes e balançar a cabeça negativamente: "No, no, no". O hotel estava LOTADO! Não podíamos renovar! Como iríamos passar o dia fora, tínhamos que desocupar o quarto IMEDIATAMENTE! Corremos de volta e fizemos as malas na velocidade da luz! Descemos ofegantes e depois de o recepcionista matracar bastante com o recibo, entregamos-lhe as malas para guardar e voamos porta afora! "Táxi!", eu gritei para o primeiro que vi.

Minha irmã mal sabia o nome da estação na qual pretendíamos descer se fôssemos de metrô. O homem não entendia inglês e já se dirigia na direção contrária, quando minha irmã encontrou o telefone da agência no celular e pediu que o taxista ligasse do seu proprio celular. Assim ele o fez, mas ninguém atendeu! Passandos uns 3 minutos, novamente ela insistiu que ele ligasse mais uma vez, foi quando alguém atendeu e explicou o endereço. O taxista deu meia volta! Estava mesmo no caminho errado!!!

Minha irmã pediu pela terceira vez que ele discasse o número da agência de turismo para ela falar desta vez. Pediu à funcionária que atendeu que nos esperasse, pois havíamos nos perdido e estávamos a caminho dentro de um táxi. A mulher do outro lado da linha disse que não era assim que as coisas funcionam. Às 7:15h em ponto iriam embora. Então minha irmã falou: "Não, vocês não vão sair sem nós! Você vai ver como as coisas funcionam quando eu chegar aí! Eu vou querer meu dinheiro de volta!" E a mulher bateu o telefone na cara dela! 

O motorista de táxi se empenhava para chegar o mais rápido que podia. Riscamos na rua da agência às 7:20h. Rua deserta, vimos logo um carro tipo "doblô" com o nome da agência estacionado, e poucos passos adiante, lá estava a agência com as luzes acesas. Quando entramos, haviam algumas pessoas sentadas. Minha irmã se dirigiu ao balcão com "sangue nos olhos" e perguntou: "O ônibus das 7:15h já saiu?" Uma moça loira perguntou o nome da minha irmã, ela respondeu. Minha irmã perguntou: "Quem falou comigo no telefone?" E a loira apontou desconcertada para outra moça morena: "Ela". E minha irmã: "Eu estava falando com você alguns minutos atrás e você bateu o telefone na minha cara. Por que você fez isso?" E ela respondeu: "A senhora estava gritando comigo!" E minha irmã: "É claro! Eu estava dentro de um táxi pedindo para vocês esperarem 5 minutos e você disse que não podia esperar 5 minutos!" Minha irmã vomitou na mulher a cólera que acumulara até ali. Ela pediu o "voucher". Ela mostrou o celular. Um homem interviu dizendo que era o guia e pediu para esquecermos aquilo e segui-lo até o carro.

Pensávamos que se tratava de um ônibus cheio de japonês, mas na verdade era o carrinho que tínhamos visto lá fora com nós duas, o guia e mais 6 pessoas. Ufaaaaaaaaaaaa... Esta foi a indigesta entrada do dia, mas o prato do dia estava por vir, maravilhoso!

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